sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O amor ... uma palavra bastante previsível para quem nunca a viu ou conheceu, ou sentiu. Perguntamos constantemente o que isso é, mas parece que todos oferecem um pouco das suas opiniões em relação a este grande tema, que se torna uma pergunta retórica ... o que é o amor ?
O amor e o tempo, são uma constante variável talvez, são o Adão e Eva, são o apanhar o metro num fim de tarde exaustivo, são todas as coisas que podemos juntar e tentar classificar e definir, arranjar um rótulo, uma definição ...
Na minha vasta e longínqua multidão de pensamentos, o amor e o tempo são palavras bastante próximas , quando nós amamos, nós esperamos por acontecimentos e palavras que muitas vezes não chegam a se concretizar, mas mesmo assim o sentimento continua mais forte que nunca, pois é amar é esperar, é ter esperança . O amor ... e o tempo ... tão próximos, mas tão distantes, são tudo e não são nada porque não existe uma definição concreta e séria acerca do assunto, apenas aquilo que achamos que é. Complicado, talvez ... Estranho, também poderá ser, porque quando amamos queremos o tempo todo dessa pessoa. Queremos passar a ser o tempo dessa pessoa, os seus milésimos de segundo, minutos, horas, dias ... semanas, meses, anos ... para sempre. Torna-se complicado, confuso, estranho, porque não existe um "para sempre", apenas queremos acreditar que sim, acreditar num tempo indeterminado que seja meu e teu , seja nosso, e nunca pare, e crie momentos fantásticos, cheios de momentos bons e maus, de virtudes e defeitos, de delicadeza e de arrogância, de um equilíbrio natural para a perfeição das coisas.
Quando amamos queremos amar e queremos o tempo todo para nós, para a pessoa que amamos, para o nosso espaço, para criar distância entre momentos tão rápidos que não conseguimos sequer ter tempo para respirar e para aceitar as consequências...
O amor é um tempo de espera, invariável, inconstante, inesperado, é um amo-te tão sincero que torna exactamente esse minuto perdido no tempo, no silêncio das palavras, no silêncio do momento. O amor é um abraço no terror de actos irreversíveis e imperdoáveis, porque o amor é isso mesmo , é perdoar, é respeitar, é agradar, não contestar, discutir, o amor é tudo e não é nada, é um equilíbrio que quase ninguém percebe, por isso poucas pessoas encontram. Querem tudo mas não sabem ao certo o que querem, então o amor torna-se um estranho que nos bateu à porta e saiu pela janela, queremos a perfeição e o amor não é um acontecimento perfeito, é feito de equilíbrio, é saber esperar, aceitar, ouvir, deixar passar, dar tempo ... dar tempo ás coisas para que aconteçam de forma natural, porque o amor é isso. É imprevisível mesmo até no ultimo minuto.

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